Viajar de avião nunca me pareceu algo instrutivo, sobretudo para a minha profissão! A comida horrorosa, o desconforto de ficar fechado por horas, até a variedade esgotável de filmes e reportagens, nada é aproveitável, fora o fato de levar você , em geral, para um lugar ou para alguém que você gosta.Pois foi nesta situação, bem durante a noite , entre um mergulho e uma volta de um sono letárgico,que resolvi escolher no menu de reportagens, uma que falava sobre um lugarzinho pequeno, apertado e visivelmente sujinho.O que atraiu a minha atenção foi uma mão de cozinheiro , fatiando , impiedosa um suculento pedaço de carne, encapado de temperos, num ritmo frenético e sem paradas.Começei a acordar... quase podendo sentir o perfume daquela carne , o picante da mostarda e ouvir o barulho do lugar.As entrevistas focavam os empregados, todos bem rústicos com grandes aventais, tipo açougueiro, correndo para todos os lados e parando, breves minutos, para falar com o repórter, do orgulho de trabalhar naquela casa.Dei um tapinha carinhoso na minha mulher,meio adormecida já convidando para assistir o documentário, afinal , ela adora este tipo de coisas e logo estávamos os dois , completamente, mergulhados , no fascínante universo do lugar.A história da pequena delicatessem de Montréal , que virou um musical e um filme ,parecia irreal, imaginar as pessoas , horas na fila embaixo de neve, esperando só para comer um sanduba de pastrami, um pickles gigante e fritas.
Como Montréal era o nosso destino, resolvemos colocar o lugar no nosso arquivo para "possível visita".
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